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STF retoma julgamento que pode tornar Bolsonaro e aliados réus por tentativa de golpe

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quarta-feira (26) o julgamento que pode transformar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados em réus por suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado em 2022.

A decisão será baseada em denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa o grupo de integrar um núcleo central de uma organização criminosa voltada à ruptura institucional.

Caso a maioria dos ministros aceite a denúncia, os acusados passam da condição de investigados para réus e responderão a uma ação penal no STF.

O que acontece se a denúncia for aceita:

  • Abertura de ação penal: Bolsonaro e os outros denunciados passam a responder formalmente ao processo.
  • Fase de instrução: Ministério Público e defesa poderão apresentar provas, convocar testemunhas e solicitar diligências.
  • Risco de prisão: A aceitação da denúncia, por si só, não implica em prisão, mas medidas cautelares poderão ser avaliadas ao longo do processo, dependendo do entendimento do STF.
  • Sem data para julgamento final: A duração da ação penal dependerá do número de atos processuais, recursos e diligências. Ao final, o Supremo decidirá pela condenação ou absolvição.
  • Possíveis consequências: Se condenados, os acusados podem cumprir pena de prisão, além de sofrer efeitos civis e administrativos, como perda de cargos e inelegibilidade.

Acusados no processo:

Além de Jair Bolsonaro, também são denunciados:

  • Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin);
  • Anderson Torres (ex-ministro da Justiça);
  • Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e da Defesa);
  • Almir Garnier (ex-comandante da Marinha);
  • Paulo Sérgio Nogueira (ex-comandante do Exército);
  • Augusto Heleno (ex-ministro do GSI);
  • Mauro Cid (ex-ajudante de ordens da Presidência).

A denúncia foi protocolada em fevereiro deste ano, com base em investigações da Polícia Federal. Segundo a PGR, o grupo teria atuado entre julho de 2021 e janeiro de 2023, com ações que incluíam disseminação de desinformação, pressão sobre as Forças Armadas e incentivo à invasão de prédios públicos.

A sessão desta quarta marca a conclusão do julgamento iniciado no dia anterior, quando os ministros rejeitaram pedidos das defesas para anular o processo.