A taxa de desemprego no Brasil atingiu 6,2% no trimestre encerrado em outubro, marcando o menor índice da série histórica da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), iniciada em 2012. O dado foi divulgado nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), destacando um cenário positivo para o mercado de trabalho no país.
O que você vai ver neste texto:
- Evolução histórica da taxa de desemprego
- Destaques sobre empregos formais e informais
- Dados sobre rendimento e população desocupada
A taxa caiu 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, quando era de 6,8%, e 1,4 p.p. em comparação ao mesmo período do ano passado (7,6%). Em números absolutos, o Brasil tem atualmente 6,8 milhões de pessoas desocupadas, o menor contingente desde dezembro de 2014, enquanto a população ocupada alcançou 103,6 milhões de pessoas, um novo recorde.
População ocupada e informalidade
Entre os trabalhadores ocupados, 39 milhões possuem carteira assinada, um aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 3,7% no ano. O número de empregados sem carteira assinada subiu para 14,4 milhões, um crescimento de 3,7% no trimestre e de 8,4% no ano.
A taxa de informalidade atingiu 38,9% da população ocupada, ou 40,3 milhões de trabalhadores, mostrando estabilidade em relação ao ano anterior (39,1%).
Outros dados relevantes:
- Rendimento médio habitual: R$ 3.255, estável em relação ao trimestre anterior e 3,9% maior que em 2023.
- Massa de rendimentos: Estimada em R$ 332,6 bilhões, com alta de 2,4% no trimestre e de 7,7% no ano.
- População fora da força de trabalho: 66,1 milhões de brasileiros.
- População desalentada: 3 milhões, a menor desde abril de 2016, com recuo de 5,5% no trimestre e de 11,7% no ano.
Cenário econômico e desafios
Apesar dos avanços, o IBGE aponta que 17,8 milhões de brasileiros estão subutilizados — incluindo aqueles que poderiam trabalhar mais horas ou estão fora da força de trabalho por motivos diversos. A melhoria dos índices reforça o impacto positivo da recuperação econômica, mas ainda há desafios relacionados à informalidade e ao aumento de rendimentos para a população em geral.
O levantamento da PNAD Contínua continua sendo um termômetro essencial para o acompanhamento do mercado de trabalho no Brasil e o desenvolvimento de políticas públicas.
Fonte: g1