A World, projeto cofundado por Sam Altman, CEO da OpenAI, iniciou oficialmente suas operações no Brasil em 13 de novembro de 2024, com o objetivo de escanear a íris dos brasileiros. A iniciativa visa distinguir humanos de bots de inteligência artificial, combatendo perfis falsos online e potencialmente substituindo sistemas como o CAPTCHA.
Durante o período de testes, a empresa coletou a íris de mais de 2.700 brasileiros. Agora, a World disponibiliza dez pontos de coleta em São Paulo, localizados em shoppings, onde o registro é gratuito. A expansão para outras regiões do Brasil ainda não foi anunciada.
A estrutura da World é composta por três componentes principais:
- World ID: um passaporte digital que converte o registro da íris em uma sequência numérica única.
- Token Worldcoin (WLD): uma criptomoeda distribuída como recompensa aos inscritos.
- World App: aplicativo que permite transações com a criptomoeda.
Apesar de não armazenar imagens da íris, a World enfrenta críticas sobre o tratamento de outras informações coletadas, especialmente por se tratar de dados biométricos sensíveis. Especialistas expressam preocupações quanto à privacidade e ao uso desses dados para autenticações futuras.
A empresa afirma que mantém diálogo com órgãos reguladores em cada país onde atua. No Brasil, as conversas estão em andamento com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
O processo de coleta envolve o uso de um dispositivo chamado Orb, que captura a imagem da íris e a converte em um código numérico exclusivo, utilizado para criar o World ID.
A World já opera em países como Estados Unidos, México, Espanha, Portugal, Alemanha e Japão, e agora expande suas atividades para o Brasil, buscando aprimorar a segurança digital e a autenticação de identidades no ambiente online.
Fonte: g1