A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (5) a segunda fase da Operação Dirty Drive (ou condução suja, em tradução livre) contra crimes sexuais cibernéticos envolvendo criança ou adolescente. Foi cumprido um mandado de busca e apreensão e um de prisão preventiva em Porto Velho.
A primeira fase da operação aconteceu em abril deste ano quando foram encontrados materiais de abuso sexual e um homem foi preso em flagrante. Ele estava em liberdade provisória desde a audiência de custódia, mas agora foi encaminhado ao presídio estadual da capital.
Segundo a PF, a perícia e a análise dos dispositivos eletrônicos apreendidos na primeira fase revelaram outros crimes praticados pelo investigado.
As investigações comprovaram que em troca de valores enviados via PIX, as adolescentes, sob comando do investigado, enviavam fotos e vídeos contendo atos sexuais e também produziam pornografia através de vídeo chamadas.
As vítimas que se submetiam à prostituição virtual estavam em condições de vulnerabilidade socioeconômica. Em pelo menos um caso o investigado deixou de responder a vítima e não efetuou o pagamento combinado.
Outro ponto investigado comprovou, segundo a Polícia Federal, que o homem abusa de pelo menos três crianças do sexo feminino com cerca de 4 a 6 anos.
“Além do claro contato físico com uma das crianças que aparecem sentadas em seu colo, o abusador ainda registrou fotos das crianças em poses sensuais”, informou a corporação.
Somadas, as penas do investigado podem chegar a 37 anos de reclusão. Ele foi indiciado pelos crimes de:
Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 anos, de produção e armazenamento de material contendo abuso sexual infanto-juvenil e a prática de atos libidinosos com crianças que configuram o crime de estupro de vulnerável.
Fonte: G1/RO