A variante brasileira da nova cepa do coronavírus vem apresentando boa resposta ao protocolo do tratamento precoce, que vem sendo administrado por médicos desde o início da pandemia. De acordo com o imunologista Roberto Zeballos, em vídeo em sua rede social, a variação do vírus tem sido curada com relativa facilidade a partir dos medicamentos, sempre com acompanhamento médico do paciente.
“Segundo conversa com os colegas o protocolo colapso desenvolvido no colapso de Belém em 2020 também funciona para as cepas variantes”, diz o imunologista em seu Instagram.
Em vídeo, o imunologista disse que as aglomerações acabam colaborando mais para o contágio do que o funcionamento normal do comércio, como bares e restaurantes. Segundo a percepção do médico, houve uma considerável diminuição dos casos. Ele afirma que, em outubro, com as “baladas clandestinas”, ele atendia em torno de 30 pacientes por dia. “Os números estão caindo. Na semana passada, foram oito, ontem foram duas consultas no final de semana. Hoje só temos três, mostrando que os números estão caindo. Isso é fato”, pontuou o médico. Zeballos faz tele-consultas pelo Brasil inteiro.
Ele elogia a prefeita de Baurú (SP) por ter adotado a estratégia de manter o comércio aberto e focar nas aglomerações, que são o maior fator de contágio, como no caso das “baladas clandestinas”. “As aglomerações é que causavam o problema e não os restaurantes abertos, com as pessoas tomando todas as medidas de segurança e higienização”, explica.
O doutor Roberto Zeballos elogia ainda os médicos de Manaus, que através do protocolo de tratamento precoce, desenvolvido desde 2020, estão reduzindo os casos. “O protocolo que criamos lá atrás, junto com os heróis médicos paraenses, funciona justamente para esta cepa, porque os números de Manaus estão caindo vertiginosamente”.
“Evidentemente o tratamento não é uniforme. Tem gente que não usa o tratamento que a gente acha que [deve ser]: o acolhimento precoce com a vigilância intensa do paciente para evitar que ele alcance aquela fase irreversível”, diz o médico. “A maior causa de fatalidade é o tratamento tardio”, explica.
Ele aponta que todos os gráficos mostram como o tratamento precoce funciona para a nova cepa, o que ficou evidenciado pelo enfrentamento ao pico observado no Pará.
Protocolo que salva vidas
O protocolo de tratamento precoce vem sendo desenvolvido em todo o país por diversos centros médicos e ficou conhecido pela grande efetividade a partir da experiência inicial da Prevent Senior, especializada em pacientes idosos. A partir daí, é cada vez maior o número de médicos que adere ao protocolo que, segundo a opinião de vários especialistas, só tem apresentado boa resposta.
Em geral, o protocolo é baseado no uso da Hidroxicloroquina + Azitromicina e Zinco, nos primeiros sintomas. O protocolo significa que tem o acompanhamento médico de perto, o que pode fazer a diferença para a melhor recuperação do paciente. O uso de corticóides pode se fazer necessário em fases posteriores. Roberto Zeballos alerta em seu perfil do Instagram sobre possíveis erros no uso do corticoide.
“No meio desta catástrofe nos conforta a boa resposta ao acolhimento precoce e ao corticóide na hora certa! Corticoide nunca no início”, alerta.
“O tratamento tardio continua sendo a maior causa de fatalidade! Com estas variantes o acolhimento precoce ficou mais determinante”, explica o imunologista.