As ações da Polícia Federal na Operação Crepitus, que reprime a entrada de invasores na Terra Indígena Karipuna em Rondônia, terminou neste final de semana. Até a quinta-feira (27) pelo menos seis pontes clandestinas foram implodidas na área.
A equipe de comando tático especial da PF de Brasília coordenou as implosões. As pontes foram feitas de maneira improvisada por invasores, para facilitar a entrada de veículos e a saída de madeira retirada ilegalmente da Terra Indígena.
A Operação Crepitus, que em latim significa “explosão”, começou na última segunda-feira, envolveu mais de 80 agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Força Nacional.
A ordem deles era destruir também maquinários utilizados por invasores, mas não foram encontrados. Ninguém foi preso.
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Operação na Terra Indígena Karipuna em Rondônia — Foto: PF/Divulgação
A representante do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Laura Vicuña, destacou que a questão da invasão é cada vez maior na região. Em área que deveria ser preservada são encontradas pastagem para gado, plantação de milho e de café que são usadas como tentativa de legitimar a posse da terra.
“A operação é resultado das inúmeras denúncias que o povo vem fazendo quanto à invasão de seus territórios. São 13 pontes de acesso a terra Karipuna feitas pelos invasores e a gente sabe que o que comanda a região é a presença do crime organizado. Essas ações devem ser permanentes para manter o território livre de invasores”, comentou.
Fonte: G1RO