“De repente pandemia, aulas remotas… Nós dormimos professores e acordamos youtuber”.
Esse foi o desabafo da professora Drielly Santos de Souza, do Centro Municipal de Educação Infantil Madre Teresa de Calcutá, em Ariquemes (RO). Ela é uma das professoras que foi destaque do Brasil no Prêmio “Educação Infantil Boas Práticas de Professores Durante a Pandemia”.
A educadora utilizou a história dos três porquinhos, adaptada ao contexto da Covid-19, para explicar para as crianças o momento atual.
“Nessa adaptação, eu quis utilizar o lobo interpretando o coronavírus e as casas das crianças [para ensinar que], independente se eram grandes ou pequenas, de madeira ou tijolos, ali era o melhor para elas estarem”, explicou a professora Drielly.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/2/9/r1SRAiReupI9k6A5Pbjw/whatsapp-image-2021-04-07-at-14.34.44.jpeg)
Professora de Ariquemes teve que se adequar as novas realidades de aulas durante a pandemia — Foto: Reprodução/Rede Amazônica
De acordo com a professora, a rotina das famílias também mudou. Pais e filhos precisaram tirar mais tempo para as atividades escolares e foi assim, que Drielly descobriu que diversas famílias estavam em vulnerabilidade social.
A ideia era que cada criança gravasse um vídeo mostrado como era a casa deles e com as imagens, “alguns pais me procuraram no privado dizendo: “Olha, eu quero ajudar essa criança, como que a gente pode fazer, vamos fazer algo anônimo professora”, conta Drielly.
Reencontro emocionante
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/V/E/e5yScIT92E5UimVI6PIg/whatsapp-image-2021-04-07-at-14.36.02.jpeg)
Maria e Angel, família que recebeu apoio da professora Drielly em Ariquemes (RO) — Foto: Reprodução/Rede Amazônica
A venezuelana Maria Jose, que está no Brasil a cerca de dois anos, é mãe do Angel Mathias, de 4 anos. Ela conta que passava dificuldades com os filhos e com o marido, já que ele estava desempregado e a família tinha pouco alimento em casa.
“O Angel pegou material da escola, pois não tinha recurso para comprar. Pegamos cesta básica e hoje está melhor”, conta Maria.
A educação se transformou em solidariedade e o reencontro com a professora levou amor e cuidado à família de Maria.
“A gente sente como uma família. Eles cuidam do nosso filho como se fosse filho deles”, disse a mãe do Angel.
Emocionada, a professora Drielly conta: “A gente quando faz um trabalho e não imagina a magnitude que é ser professor. Como ela falou, a gente acaba acolhendo como sendo da família.”
Fonte: G1RO