A Polícia Civil fez nesta segunda-feira (17) uma reprodução simulada dos últimos momentos de vida da jovem Glória Estefane, de 20 anos, na casa onde ela morava com o esposo em Porto Velho.
Estavam na casa no bairro Mariana delegados, peritos, técnicos da Polícia Civil e o suspeito do crime, de 30 anos. Ele era esposo da vítima e está preso desde o dia da morte da companheira.
Ele deu detalhes durante o procedimento do que ocorreu naquela noite. Na versão dele, a mulher se matou com um tiro no pescoço, mas a polícia tem dúvidas e outra linha de investigação aponta para o crime de feminicídio.
“Só tinha ele e ela no local. Ela morreu e nós temos dúvidas a respeito de determinados pontos do que aconteceu durante o evento. Então essa reprodução nos auxiliará muito para dar um fechamento nas investigações. A gente chama a perícia juntamente com o histórico que temos nos autos”, disse o delegado Carlos Eduardo.
Momentos após a morte da jovem um boletim de ocorrência foi registrado como morte a esclarecer. Inicialmente o esposo da vítima disse aos policiais que o casal estava consumindo bebida alcoólica com alguns amigos e, em certo momento, começaram a discutir por ciúmes. Em seguida ela teria pego uma pistola e atirado contra o próprio pescoço.
Ele afirmou que chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas a jovem não resistiu aos ferimentos. Após o relato do homem, a polícia percebeu que a situação deveria ser melhor investigada, pois no interrogatório foram observadas contradições na versão dele.
“Além de uma postura incongruente com o relato dele, como por exemplo, ao invés de ficar próximo da vítima até a vinda do Samu, ele saiu do local e foi pra casa da mãe lavar as mãos”, informou o delegado Pedro Henrique, na época do fato.
Segundo as investigações há indícios que o homem teria forjado situação para parecer suicídio. Um laudo será feito depois da reprodução simulada com as conclusões da polícia e da perícia.
Fonte: G1RO