A Polícia Federal pediu o arquivamento na quarta-feira (5) do inquérito que investigaria o líder indígena de Rondônia, Almir Suruí, por suspeita de criticar o governo Jair Bolsonaro (sem partido). A informação foi confirmada ao G1 pela Polícia Federal e pelo próprio Almir nesta quinta-feira (6).
“Segundo meu advogado o delegado sugeriu o arquivamento. Possivelmente vai ser arquivado”, disse Almir.
O inquérito foi relatado pela PF com pedido de arquivamento, mas quem decide se acata a sugestão é o juiz após manifestação do Ministério Público.
A investigação foi aberta a pedido da Fundação Nacional do Índio (Funai) por suposta notícia crime de difamação praticada contra a Funai, por integrantes da associação Metareilá do povo indígena Suruí, representada por Almir.
Ele chegou a ser intimado pela Polícia Federal para prestar depoimento na semana passada. Na ocasião ele afirmou que apenas vem falando que o governo atual não tem atendido de forma respeitosa a questão indígena.
“Isso não é difamação, esse inquérito é uma ameaça do governo, mas sei que vamos enfrentar”, disse Almir na última semana.
Sonia Guajajara
A Justiça Federal do Distrito Federal determinou na quarta-feira (5) à Polícia Federal o arquivamento do inquérito que investiga a líder indígena Sonia Guajajara.
Ela também foi intimada pela PF a prestar depoimento no inquérito aberto em março para investigar as críticas ao governo federal no documentário “Maracá”, da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), da qual Sonia Guajajara é coordenadora.
Segundo a decisão do juiz federal Frederico Botelho de Barros Viana, da 10ª Vara Federal de Brasília, as denúncias da Fundação Nacional do Índio (Funai) “não trazem quaisquer indícios, mínimos que fossem, de existência de abuso de exercício de direito ou de cometimento de qualquer espécie de crime, seja contra terceiros, seja contra a União”.
Fonte: G1