O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, indicou na tarde desta segunda-feira (15) já ter conhecimento do risco de falta de oxigênio nos hospitais de Rondônia e ressaltou que o estado não vai ficar desabastecido.
“O governo federal inicia uma ponte na quinta-feira (18) para Rondônia com oxigênio líquido, com a Força Aérea Brasileira (FAB)”, disse durante coletiva de imprensa em Brasília.
De acordo com Pazuello, toda operação de transporte vai ter apoio do Ministério da Defesa e Rondônia será um dos primeiros a obter oxigênio nesta semana. O Acre deve receber na sequência, se necessário.
Na coletiva não foi informado a quantidade de oxigênio que será entregue em Rondônia, mas o ministro disse que tudo vai ser feito utilizando ISO containers.
Possível colapso de oxigênio
Na última sexta-feira (13), o Ministério Público Federal (MPF) fez um alerta ao Ministério da Saúde de que pode faltar oxigênio em Rondônia.
Na ocasião, a empresa responsável por abastecer 31 dos 52 municípios e alguns hospitais alertou os prefeitos de que só haveria oxigênio para os próximos 15 dias.
Uma troca de e-mails entre o governo do estado e o Ministério Público Federal também avisou para o risco iminente de desabastecimento de oxigênio.
MPF alerta Ministério da Saúde que pode faltar oxigênio em Rondônia
Em outro documento enviado ao ministro Eduardo Pazuello, a Procuradoria-Geral da República pede urgência na análise da questão e solicita as providências.
Na coletiva de imprensa nesta segunda-feira, Eduardo Pazuello disse que encaminhou ao governo federal sobre o possível colapso da saúde nos hospitais rondonienses.
“O ministério levou o problema de demanda logística, na infraestrutura de oxigênio, ao governo federal e ele centralizou as ações e está já iniciando uma ponte aérea de oxigênio, com apoio da Defesa, e coordenação da infraestrutura”, afirmou.
Racionamento de oxigênio
No último fim de semana, servidores da saúde de Ariquemes afirmaram que precisaram racionar oxigênio aos pacientes. A situação da cidade, com lotação máxima de UTIS e enfermarias, é vista com preocupação pelas autoridades.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, a prefeita Carla Redano diz que a cidade está precisando de cilindros de oxigênio.
“Estamos também tentando comprar uma outra usina pra conseguir fornecer mais oxigênio. Inclusive, um dos pedidos que a gente tem a fazer, se alguma empresa tem cilindro, nós precisamos de cilindros, porque o problema não está sendo nem o oxigênio. Nós conseguimos buscar em Vilhena esse oxigênio, mas nós precisamos dos cilindros”, pediu.
Fonte: G1RO