Apenas um dia após a Latam suspender os voos diretos entre Porto Velho e Manaus, quem precisa ir para a capital do Amazonas ou vir para a principal cidade de Rondônia já teve um baita susto.
E não basta a tristeza por perder um parente, ainda há a revolta por familiares não poderem se despedir em um momento importante. Foi o que aconteceu com o fotógrafo bastante conhecido em Porto Velho, Rosinaldo Machado.
“O marido da minha irmã, meu cunhado, faleceu no último final de semana por problemas cardíacos. Inclusive estamos velando-o neste momento e daqui a pouco vamos para o cemitério. Meu irmão, que mora em Manaus, queria vir para dar um conforto para minha irmã. Quando foi consultar a passagem, se assustou com o preço. E me disse que não poderia vir por conta desse absurdo”, explicou ele.
Os preços estão fora da realidade de milhares de pessoas: um trecho mais longo, demorado e repleto de escalas, sai por “módicos” R$ 8.647.
Já se você tiver mais pressa, terá que desembolsar ainda mais: pelo menos 10.400 reais em um trecho com apenas uma escala e mais de nove horas de viagem.
“O que está acontecendo aí é um verdadeiro assalto no ar. E não tem nenhum parlamentar, ninguém para fazer alguma coisa. Nem Ministério Público, não sei de quem é de direito, para tomar providências quanto a esse absurdo”, desabafou Rosinaldo Machado.
Na tarde da segunda-feira (01), uma entrevista coletiva convocada por várias entidades, entre elas, o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena Empresa), Fecomércio, ACEP (Associação Comercial de Porto Velho) e ABAV (Associação Brasileira das Agências de Viagem), além da deputada federal Cristiane Lopes (PP) debateram o isolamento aéreo de Rondônia e a abertura do mercado para empresas aéreas operarem voos domésticos na Amazônia Legal.
Cristiane Lopes é autora do Projeto de Lei n. 539/2024, que abordam esses temas. Segundo os envolvidos com as questões do caos aéreo no estado, há anos, o tema do isolamento aéreo de Rondônia tem sido debatido no Congresso Nacional.
O encontro quer retomar a discussão, destacando a importância da abertura do mercado para empresas estrangeiras na Amazônia Legal e a necessidade de revisão dos preços das passagens aéreas em voos domésticos.
Fonte: Rondônia ao Vivo