Marcando mais um recorde no mercado financeiro, o bitcoin bateu, nesta sexta-feira (19), a marca dos R$ 300 mil.
A criptomoeda também bateu um recorde em valor de mercado (cotação multiplicada pelo total de bitcoins disponíveis no mundo), chegando à casa dos R$ 5,4 trilhões. Assim, o mercado do bitcoin já vale mais que todas as empresas da bolsa de valores brasileira juntas, que somam R$ 5,1 trilhões, segundo informações da B3.
Um dos principais motivos pela alta da moeda são os sinais de aceitação que estão partindo de grandes empresas e investidores, como Tesla, Mastercard e BNY Mellon.
Desde 2019, o bitcoin tem apresentado recorrentes recordes de valorização. A exceção foi em fevereiro de 2020, no pico mundial da pandemia do novo coronavírus, quando a criptomoeda apresentou uma queda acentuada. No entanto, sua recuperação foi rápida e, no acumulado do ano, teve avanço de 400% em comparação com o real.
Esses resultados positivos fizeram a moeda superar ativos tradicionais em rentabilidade, como o ouro, que perdeu a liderança em um ano marcado pela imprevisibilidade. Em termos internacionais, apenas quatro empresas dos Estados Unidos valem mais que o mercado de bitcoin: Apple, Amazon, Microsoft e Google.
Para Vinicius Frias, CEO do Alter, um banco digital multimoeda, essa valorização está ligada ao excesso de liquidez do mercado e a necessidade dos governos em injetar dinheiro na economia para frear os problemas da crise sanitária. Para fugir desse movimento, que aumenta a inflação e provoca perda do poder de compra, muitas pessoas e companhias estão recorrendo ao criptoativo, que se apresenta como uma saída.
A porcentagem de investimento nesta modalidade depende muito do perfil de risco de cada pessoa, mas o indicado é que esteja entre 1% e, no máximo, 10%, para perfis mais agressivos.
Fonte: CNN Brasil