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    Rádio Porto Velho

Índice Nacional de Preços ao Consumidor foi de 0,84% em fevereiro

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em fevereiro foi de 0,84% e ficou 0,31 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de janeiro (0,53%). No ano, o IPCA acumula alta de 1,37% e, nos últimos 12 meses, de 5,60%, abaixo dos 5,77% nos 12 meses anteriores. Em fevereiro de 2022, a variação havia sido de 1,01%.

Taxa
Fevereiro 2023 0,84%
Janeiro 2023 0,53%
Fevereiro 2022 1,01%
Acumulado no ano 1,37%
Acumulado nos últimos 12 meses 5,60%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em fevereiro. A exceção foi Vestuário (-0,24%), com queda pelo segundo mês consecutivo. O maior impacto (0,35 p.p.) e a maior variação (6,28%) no índice do mês vieram de Educação. Na sequência, vieram Saúde e cuidados pessoais (1,26%) e Habitação (0,82%), que aceleraram em relação a janeiro, contribuindo com 0,16 p.p. e 0,13 p.p, respectivamente. Já Transportes (0,37%) e Alimentação e bebidas (0,16%) tiveram variações inferiores às do mês anterior. Os demais grupos ficaram entre o 0,11% de Artigos de residência e o 0,98% de Comunicação.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Janeiro Fevereiro Janeiro Fevereiro
Índice Geral 0,53 0,84 0,53 0,84
Alimentação e bebidas 0,59 0,16 0,13 0,04
Habitação 0,33 0,82 0,05 0,13
Artigos de residência 0,70 0,11 0,03 0,01
Vestuário -0,27 -0,24 -0,01 -0,01
Transportes 0,55 0,37 0,11 0,07
Saúde e cuidados pessoais 0,16 1,26 0,02 0,16
Despesas pessoais 0,76 0,44 0,08 0,04
Educação 0,36 6,28 0,02 0,35
Comunicação 2,09 0,98 0,10 0,05

A alta de 6,28% em Educação reflete os reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. Os cursos regulares subiram 7,58%, puxados por ensino médio (10,28%), ensino fundamental (10,06%), pré-escola (9,58%) e creche (7,20%). O subitem ensino fundamental teve o maior impacto individual no índice do mês (0,15 p.p.). Destacam-se ainda as altas do ensino superior (5,22%), cursos técnicos (4,11%) e pós-graduação (3,44%).

O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (1,26%) foi influenciado, principalmente, pela alta de 2,80% dos itens de higiene pessoal. Após a queda de 5,86% observada em janeiro, os perfumes tiveram alta de 7,50% e contribuíram com 0,08 p.p. no índice do mês. Além disso, os preços dos produtos para pele subiram 4,54%, com impacto de 0,02 p.p. no IPCA de fevereiro. Destaca-se ainda o resultado do plano de saúde (1,20%), que segue incorporando as frações mensais dos planos novos e antigos, referentes ao ciclo de 2022-2023.

No grupo Habitação (0,82%), a maior contribuição (0,05 p.p.) veio da energia elétrica residencial (1,37%). As variações das áreas ficaram entre -2,04% em Rio Branco, onde houve redução de PIS/COFINS, até 6,98% em Belo Horizonte, onde as tarifas de uso dos sistemas de transmissão (TUST) e distribuição (TUSD) foram reincluídas na base de cálculo do ICMS, a exemplo do que ocorreu em outras áreas, como Curitiba (5,94%) e Vitória (4,98%).

A segunda maior contribuição veio do aluguel residencial, com alta de 0,88% e 0,03 p.p. de impacto. Outro destaque foi a taxa de água e esgoto, cuja alta de 0,87% decorre de reajustes nas seguintes áreas: Salvador (11,08%), reajuste de 11,81%, vigente desde 30 de janeiro; Fortaleza (3,54%), reajuste de 3,54% a partir de 28 de janeiro; Belo Horizonte (1,67%), reajuste de 14,62%, desde 1º de janeiro; Campo Grande (1,27%), com reajuste de 6,89% a partir de 3 de janeiro; e Brasília (1,13%), reajuste de 9,51%, desde 1º de janeiro.

Ainda em Habitação, a alta do gás encanado (1,04%) decorre do reajuste das tarifas e da mudança na forma de cobrança em Curitiba (11,67%), que resultou em aumento de 13,34% nas faturas, a partir de 1º de fevereiro. Na mesma data, houve redução de 2,86% nas tarifas do Rio de Janeiro (-1,44%) e, por fim, foi computada a variação residual de -0,09% para São Paulo, onde houve redução média de 0,71% no gás encanado a partir de 1º de janeiro.

Nos Transportes (0,37%), a maior contribuição (0,05 p.p.) veio da gasolina (1,16%), único combustível com alta em fevereiro. Etanol (-1,03%), gás veicular (-2,41%) e óleo diesel (-3,25%) tiveram quedas superiores a 1%. Outro destaque foram as passagens aéreas, que recuaram 9,38%, contribuindo para a desaceleração do grupo frente a janeiro (0,55%).

Ainda em Transportes, as tarifas de ônibus urbano (0,47%) foram reajustadas em três áreas: no Rio de Janeiro (1,90%), onde houve reajuste de 6,17% a partir de 7 de janeiro; em Vitória (2,32%), onde o reajuste de 7,04% foi aplicado a partir de 8 de janeiro; e em São Luís (2,31%), onde as passagens subiram 7,69%, com vigência a partir de 19 de fevereiro.

Além disso, as tarifas de táxi (0,86%) foram reajustadas em três áreas: no Rio de Janeiro (1,06%), o reajuste de 8,88% entrou em vigor no dia 1º de janeiro; em Belo Horizonte (5,80%), os preços subiram 11,54%, desde 13 de fevereiro; em Salvador (0,92%), as tarifas foram reajustadas em 16,74% no dia 30 de dezembro.

Cabe registrar ainda a alta de 11,81% no subitem trem, que reflete reajuste ocorrido na região metropolitana Rio de Janeiro (30%), onde as tarifas foram reajustadas em 48% desde 9 de fevereiro. Já a alta de pedágio (0,83%) é consequência de reajustes em praças de pedágio em Porto Alegre (14,65%) e Vitória (3,50%).

O resultado do grupo Alimentação e bebidas (0,16%) foi influenciado pela desaceleração da alimentação no domicílio (de 0,60% em janeiro para 0,04% em fevereiro). Houve queda mais intensa nos preços das carnes (-1,22%) e recuos na batata-inglesa (-11,57%) e do tomate (-9,81%), que haviam tido alta de preços em janeiro (14,14% e 3,89%, respectivamente). O destaque em alta foi o leite longa vida (4,62%), cujos preços voltaram a subir após 6 meses consecutivos de quedas.

A variação em alimentação fora do domicílio (0,50%) ficou próxima à do mês anterior (0,57%). Enquanto a refeição (0,38%) teve variação idêntica à de janeiro, o lanche desacelerou de 1,04% para 0,57%.

Único grupo com variação negativa em fevereiro, Vestuário (-0,24%) foi puxado pelas quedas das roupas masculinas (-0,58%) e femininas (-0,45%), e das joias e bijuterias (-0,72%).

Todas as áreas tiveram alta em fevereiro. A maior variação foi em Curitiba (1,09%), onde o resultado foi puxado pelas altas dos cursos regulares (5,97%), da gasolina (3,37%) e da energia elétrica residencial (5,94%). Já a menor variação foi registrada em Rio Branco (0,44%), influenciada pela queda de 2,04% da energia elétrica residencial. 

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Janeiro Fevereiro Ano 12 meses
Curitiba 8,09 -0,05 1,09 1,04 4,52
Recife 3,92 0,03 0,99 1,03 5,42
Vitória 1,86 0,92 0,92 1,85 5,45
São Paulo 32,28 0,68 0,92 1,61 6,53
Aracaju 1,03 0,63 0,88 1,51 5,34
Belém 3,94 0,41 0,86 1,27 5,19
Goiânia 4,17 0,24 0,85 1,09 4,18
Salvador 5,99 1,09 0,81 1,90 6,51
Belo Horizonte 9,69 0,82 0,81 1,64 4,39
Porto Alegre 8,61 0,23 0,75 0,98 4,74
Fortaleza 3,23 0,86 0,73 1,60 5,86
São Luís 1,62 -0,01 0,65 0,64 4,81
Rio de Janeiro 9,43 0,43 0,65 1,09 5,76
Campo Grande 1,57 0,60 0,54 1,15 4,61
Brasília 4,06 0,33 0,48 0,81 5,61
Rio Branco 0,51 0,67 0,44 1,11 4,99
Brasil 100,00 0,53 0,84 1,37 5,60

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 28 de janeiro a 28 de fevereiro de 2023 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de dezembro de 2022 a 27 de janeiro de 2023 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

INPC tem alta de 0,77% em fevereiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC teve alta de 0,77% em fevereiro, acima do registrado no mês anterior (0,46%). No ano, o INPC acumula alta de 1,23% e, nos últimos 12 meses, de 5,47%, abaixo dos 5,71% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2022, a taxa foi de 1,00%.

Os produtos alimentícios desaceleraram de 0,52% em janeiro para 0,04% em fevereiro. Nos produtos não alimentícios ocorreu o inverso: em fevereiro foi registrada alta de 1,01%, frente ao resultado de 0,44% observado em janeiro.

Todas as áreas tiveram variação positiva em fevereiro. O menor resultado foi registrado em Brasília (0,34%), onde pesaram as quedas nos preços da gasolina (-2,43%) e das passagens aéreas (-10,06%). A maior variação, por sua vez, ocorreu em Curitiba (1,02%), puxada pelas altas de 6,22% da energia elétrica residencial e de 3,37% da gasolina. 

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Janeiro Fevereiro Ano 12 meses
Curitiba 7,37 0,02 1,02 1,04 3,93
Recife 5,60 -0,08 0,96 0,88 5,70
Belém 6,95 0,40 0,90 1,30 5,07
Vitória 1,91 0,85 0,87 1,72 4,80
Aracaju 1,29 0,49 0,82 1,32 5,56
Salvador 7,92 0,95 0,81 1,77 6,99
São Paulo 24,60 0,54 0,80 1,35 6,60
Fortaleza 5,16 0,73 0,79 1,52 6,07
Porto Alegre 7,15 0,20 0,77 0,98 4,19
Goiânia 4,43 0,29 0,73 1,02 4,79
Belo Horizonte 10,35 0,87 0,73 1,61 4,29
São Luís 3,47 -0,04 0,66 0,63 5,45
Rio de Janeiro 9,38 0,37 0,52 0,88 5,44
Rio Branco 0,72 0,49 0,51 1,01 4,49
Campo Grande 1,73 0,64 0,48 1,13 4,38
Brasília 1,97 0,27 0,34 0,62 4,62
Brasil 100,00 0,46 0,77 1,23 5,47

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 28 de janeiro a 28 de fevereiro de 2023 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de dezembro de 2022 a 27 de janeiro de 2023 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

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IBGE

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