Parte dos funcionários dos Correios em Rondônia aderiu à greve nacional da categoria por tempo indeterminado, segundo informou o Sintect. Outras 36 bases sindicais espalhadas pelo país, também aderiram ao movimento.
Segundo o sindicato, a paralisação é contra a retirada de direitos históricos dos ecetistas, que devem rebaixar em até 60% o poder de compra dos trabalhadores. A decisão segue o calendário da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect), que representa a categoria na mesa de negociação com a direção da Empresa.
Durante as negociações entre a direção dos Correios e as entidades sindicais, a empresa levou à mesa a proposta de exclusão de praticamente todas as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da categoria, o que inviabilizou qualquer possibilidade de diálogo com os trabalhadores.
O secretário jurídico do sindicato, Nonato Araújo, disse que objetivo é a preservação do último dissídio da categoria, julgado em outubro do ano passado pelo TST, com vigência de dois anos, reeditando as cláusulas do acordo coletivo 2018/2019.
Nonato disse ainda que as agências estão trabalhando com o número de funcionários reduzido. A greve geral, segundo o sindicato, se apresenta como o único instrumento de luta em defesa dos direitos, emprego e sustento dos trabalhadores e suas famílias.
O sindicato destacou ainda que o atual acordo coletivo estava garantido até o dia 31 de julho de 2021, conforme decisão colegiada do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Contudo, numa ação, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, por meio de uma liminar suspendeu os efeitos da vigência do último ACT, ação que foi utilizada pela direção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) para tentar excluir 70 cláusulas do atual acordo, além de propor 0% de reajuste salarial para a categoria, segundo o sindicato.
Rondôniagora