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Coordenador da Funai morre após ser atingido por flecha de índios isolados

O indigenista da Funai Rieli Franciscato foi morto nesta quarta – feira (09), por índios isolados em um sítio na zona rural de Seringueiras. A morte do indigenista foi confirmada pela Polícia Civil. Ele era o coordenador da Frente de Proteção Ambiental Uru-Eu-Wau-Wau e era encarregado de monitorar o grupo, que já havia aparecido na região no dia 19 de junho.

O coordenador da Funai em Ji-Paraná, Claudionor Serafim, disse que a equipe recebeu a noticia que mais ou menos cinco indígenas apareceram na linha 6 da zoa rural de Seringueiras por volta do meio-dia. “Rieli se deslocou com dois policiais para verificar a situação in loco. Chegando lá, conseguiu entrar um pouco pra dentro da mata, e os índios começaram a meter flecha”, afirmou Serafim, em mensagem de áudio a colegas, via WhatsApp.

Rieli tentava evitar um atrito entre os índios isolados e moradores da região quando foi atingido com uma flechada no peito. De acordo com um dos policiais que acompanhou o indigenista, Rieli deu um grito no momento que foi atingido no peito, rrancou a flecha e voltou pra trás correndo. Ele consegui correr 50, 60 metros e já caiu praticamente morto.

O jornalista e antropólogo Felipe Milanez, em publicação no Twitter, disse que Rieli era paranaense, filho de migrantes em Rondônia, e desde pequeno se engajou na luta ao lado da floresta. “Nos anos 1980 e 1990 participou das redes mais engajadas de indigenistas em Rondônia, um dos fundadores da Kanindé. Tecnicamente e moralmente, era o maior sertanista vivo”.

Ivaneide Cardoso, diretora da ONG Kanindé, falou que o indigenista trabalhou a sua vida inteira na defesa dos índios isolados. E ainda concluiu,  que “a vida dos isolados está em perigo, e eles não sabem quem são seus defensores”.

O grupo de isolados é conhecido como “isolados do Cautário”, nome de um rio da região. A Funai descobriu e monitora o grupo desde os anos 1990.

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