A conexão do cabo potencializará as oportunidades de pesquisa e educação na América Latina e Europa ao longo de 25 anos
Foi inaugurado na cidade de Sines, em Portugal, o primeiro cabo submarino de fibra óptica que liga diretamente o Brasil e a Europa. O projeto foi financiado pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), que investiu €8,9 milhões; pela Comissão Europeia, que contribuiu com €25 milhões; e pela empresa EllaLink, que aplicou €150 milhões.
O ministro do MCTI, Marcos Pontes, participou, nesta terça-feira (1), da cerimônia que marcou o início das operações. “Esse cabo é muito importante para a ciência do Brasil, porque permite a troca de informações de forma mais efetiva entre os continentes. Vamos precisar disso cada vez mais.”
O cabo submarino possui 6 mil quilômetros de extensão, conectando diretamente a cidade de Fortaleza (Brasil) a Sines (Portugal), sem a necessidade de os dados passarem pelos Estados Unidos. “Atualmente, nós não temos uma conexão direta, nós temos que passar as informações pelos Estados Unidos. Esse cabo permite um tráfego muito maior de dados, uma velocidade muito maior, ou seja, em menor tempo latência”, explicou o ministro Marcos Pontes.
O projeto da interligação entre os dois lados do Atlântico, conectando o Brasil à Europa com um link de alta capacidade, é uma ação do Diálogo Digital Brasil União Europeia. A iniciativa é coordenada pelo secretário de Empreendedorismo e Inovação, Paulo Alvim, e já existe há mais de 14 anos.
A coordenação da utilização do cabo submarino no Brasil está sob a responsabilidade da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), organização social do MCTI.
A conexão do cabo potencializará as oportunidades de pesquisa e educação na América Latina e Europa ao longo de 25 anos. Parte da capacidade do cabo submarino será utilizada pelo consórcio Building the Europe Link with Latin America (BELLA), projeto de interconexão acadêmica que reúne diversas instituições de pesquisa de países da Europa e da América Latina, entre elas a RNP. A conectividade do cabo permitirá que pesquisadores brasileiros acessem equipamentos científicos na Europa e vice-versa.
Fonte: gov.br